quarta-feira

CATIVEIRO

'Junto aos rios da Babilônia nós nos sentamos e choramos com saudade de Sião. Ali, nos salgueiros penduramos as nossas harpas; ali os nossos captores pediam-nos canções, os nossos opressores exigiam canções alegres, dizendo: "Cantem para nós uma das canções de Sião! "Como poderíamos cantar as canções do Senhor numa terra estrangeira?"

                     (Salmos 137:1-4)

O ano era 2003, tive um sonho que me deixou aflita. Sonhei que algumas pessoas invadiram a minha casa, me algemaram e me levaram à uma terra estranha... E de lá buscava socorro na igreja ( nessa época ainda frequentava igrejas de tijolos, as ditas que fazem parte do sistema) de onde não vinha nenhum socorro.
A partir de então vivia angustiada,  opressiva e  em determinados momentos parecia estar numa prisão.  Não conseguia louvar ao Senhor e nem ter comunhão com o meu Deus. Por muitas vezes tentava pedir socorro, mas era impedida.
Finalmente, fui revelada de que estava em uma prisão espiritual. Estava em "cativeiro".
Como os Judeus cativos, retratados pelo salmista no salmo 137:1 : "Junto aos rios da Babilônia nos assentamos e choramos lembrando-nos de Sião", assim estava eu, prostrada, muitas vezes chorava, lembrando do Deus vivo e clamava com a pouca força que ainda me restava.

E assim como Deus enviou Moisés para libertar o povo do Egito, Ele viu a minha aflição,  me enviou socorro e como o povo de Israel, também fui libertada.

Cativeiro é terra estranha. Quem passa por ele sabe como é ficar paralisado, obrigado a pendurar as suas armas e harpas nos salgueiros do mundo, deixando a pessoa impossibilitada de lutar e até mesmo de entoar cânticos ao Senhor, como interrogou o salmista: "Como entoaremos o cântico do Senhor em terra estranha?" (Salmo 137:4)


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